Madeira carbonizada já virou uma tendência mundial em decoração, embora a técnica para desenvolver este produto seja oriunda das terras japonesas. Os tons escuros enobrecem propriedades e são duráveis, resistentes inclusive as intempéries climáticas.
Você faz questão de ter madeira na proposta decorativa do seu ambiente, mas quer mudar um pouco os tons tradicionais para a estética ambiental ser única, exclusiva, com a sua cara?
Ao ler o texto a seguir você vai conhecer mais sobre as características da madeira carbonizada, um dos produtos luxuosos que fazem sucesso em grandes propriedades de diferentes partes do mundo conhecido – exclusivo para revestimentos externos e internos que valorizam os imóveis, seja de forma estética ou imobiliária.
O que é madeira carbonizada?
As madeiras carbonizadas são peças madeiradas de modo maciço que durante o processo produtivo se submetem à técnica japonesa denominada Shou Sugi Ban.
Quando se fala de Japão a gente logo pensa nas tecnologias modernas nos games e na fabricação de robôs cada vez mais inteligentes. Contudo, desde séculos anteriores japoneses são conhecidos por inovarem em diversas produções, inclusive quando o assunto é madeira na arquitetura.
Ultimamente o mundo é invadido por diversos recursos tecnológicos oriundos da nação japonesa, não apenas para a computação cibernética como também em áreas artísticas que mudam a forma de como compreender as estéticas arquitetônicas.
Ao analisar a carbonização das madeiras nas fachadas diversos estilos de técnicas e uso de materiais reinventam o processo e ganham extrema notoriedade entre especialistas em decorar ambientes luxuosos.
Quando surgiu a técnica japonesa de madeira carbonizada?
A grande parte dos livros especializados aponta que a técnica Yakisugi surge no Japão entre os séculos 17 e 18. Esta forma de escurecer a madeira não nasce apenas por questões estéticas.
As vilas de pescadores japoneses tinham residências em madeiras que não conseguiam resistir contra as intempéries climáticas e os efeitos das agressões naturais referentes ao mar.
Para solucionar este problema pescadores japoneses da ilha de Naoshima resolveram usar a técnica de carbonização para proteger as madeiras das casas com êxito. Desde então esta forma de usar a matéria-prima ganha o mundo. Hoje até propriedades longe de áreas marítimas têm composições com Shou Sugi Ban ou outras marcas de madeira Yakisugi.
Como a madeira é carbonizada?
Antigamente, o método de carbonizar usava um conjunto de fogueiras para queimar as camadas externas na madeira.
Atualmente, a forma de realizar esta carbonização é diferente. Os especialistas aplicam maçarico para carbonizar tábuas. Assim as fibras externas formam uma espécie de proteção carbonizada contra agressões de intempéries ou ataque dos fungos e cupins.
Em épocas atuais os métodos de produzir madeira carbonizada para fachadas e decoração são cada vez mais eficientes entre empresas especialistas em desenvolver produções com estas técnicas.
No ritmo industrial para produções em massa há 4 fases para gerar madeiras carbonizadas:
- Queima da madeira antes ou depois da aplicação nas fachadas;
- Após a carbonização os especialistas escovam com lixas desenvolvidas de modo específico para lixar madeiras carbonizadas visando retirar o carbono e gerar um tom preto;
- Depois é o momento de usar óleo de cedro para gerar a camada especial de impermeabilização capaz de garantir uma resistência ao longo-prazo;
- Para finalizar é necessário usar algum produto selante para evitar as manchas.
Como a técnica Shou Sugi Ban se popularizou no mercado mundial?
Terunobu Fujimori é um arquiteto japonês que ganha fama também como historiador da arquitetura ao popularizar no mundo as técnicas de madeiras carbonizadas.
Quando se fala da técnica japonesa o nome de Terunobu Fujimori é notório entre os especialistas em carbonização da madeira.
Ele tornou as práticas de carbonizar notórias ao ponto de nos dias atuais estas tábuas estarem presentes em grandes fachadas das metrópoles, sendo que começou apenas como algo para casas populares de aldeias dos pescadores japoneses.
Alumínio, pedras e polímeros aos poucos surgem como novas formas para carbonizar madeiras em oficinas com fins de proteger a ataques das pragas ou intempéries climáticas.
Mas, ao considerar as tendências ao redor do mundo os fabricantes e artistas ainda seguem as técnicas com maçarico, principalmente porque desta maneira existe mais facilidade para usar e abusar da criatividade junto com outros materiais inovadores.
Exemplos do uso das madeiras carbonizadas
Existem muitos casos conhecidos de propriedades que enobreceram as fachadas com base na utilização das madeiras carbonizadas. Por exemplo, em 2016 o escritório VVKH, da Holanda, projetou a Residência Meijendel ao usar este tipo de material, assim como fez o escritório Uhlik Architekti no ano de 2013 para o Refúgio da Floresta.
Escritório Jacobsen Arquitetura é conhecido em virtude dos projetos que englobam madeiras carbonizadas, seja para propriedades comerciais ou residenciais. As técnicas da empresa criam uma linguagem própria que envolvem até muxarabis e outros métodos antepassados.
Na rua Oscar Freire, de São Paulo, precisamente em frente à Loja Gilda Midani, há uma fachada erguida desde 2013 com madeira carbonizada. Outro destaque é a Residência RT, de 2014, que gera um efeito diferenciado entre 2 volumes elevados.
De 2015, o projeto da Residência BF possui madeiras com tonalidades pretas sob a luz em diversos pontos dos quase 4 mil metros quadrados, gerando um visual singular e luxuoso logo ao primeiro olhar.
Quais são as melhores madeiras para carbonizar?
As melhores para carbonizar são Ipê e Cumaru, tendo em vista que as duas espécies estão no topo da lista entre as produções com mais dureza Janka – uma unidade de medida das madeiras de lei.
Não se pode ignorar o fato de que madeiras Ipê ou Cumaru por causa da dureza superior também formam a escolha número 1 para compor peças como: Decks, pisos, forro, brise, ripado, revestimentos e pergolados.
Abaixo vamos conhecer os verdadeiros tons das 2 madeiras. Fique de olho nas cores para descobrir se a espécie da tábua é autêntica antes de iniciar o processo de carbonização:
- Madeira Ipê: Cor parda com um pouco de castanho e características amarela-esverdeada nos vasos obstruídos por ipeína.
- Madeira Cumaru: Tonalidades claras com castanho e amarelo.
Enfim, estas são as principais informações do assunto. Cabe agora a você escolher melhores ofertas de madeira carbonizada ao seu orçamento, nas medidas corretas e com matérias-primas de primeira qualidade.